Milho em movimento misto nas bolsas 

O mercado de milho encerrou a semana com movimentos mistos entre B3, Chicago e o físico, segundo análise da TF Agroeconômica. As cotações brasileiras ficaram pressionadas pela queda consistente no mercado americano ao longo do dia, enquanto o físico seguiu em direção oposta e registrou leve alta. A ausência de alterações para o Brasil no relatório de oferta e demanda do USDA reforçou a sensibilidade dos contratos mais curtos, que acompanharam a baixa em Chicago e a queda do dólar.

De acordo com a TF Agroeconômica, a B3 recuou 0,23% na semana para janeiro, primeiro contrato relevante após o encerramento do vencimento de novembro nesta sexta. O dólar caiu 0,74% no período, enquanto Chicago acumulou alta de 0,70% no dezembro e 0,45% no março. No mercado físico, a Média Cepea subiu 0,66%, mostrando firmeza na demanda interna. Nos fechamentos do dia, novembro encerrou a R$ 67,69, leve baixa diária de R$ 0,06. Janeiro fechou a R$ 70,95, queda de R$ 0,02 no dia. Março ficou em R$ 72,55, recuo de R$ 0,04.

Em Chicago, o milho caiu forte nesta sexta, apesar de fechar a semana no positivo. O USDA confirmou uma safra americana com diversos recordes, ampliando a pressão sobre os preços. A produtividade e a produção foram novamente elevadas pelo governo, sinalizando uma oferta abundante. Segundo analistas, essa “safra monstruosa” ganha sustentação apenas graças ao ritmo forte das exportações. 

Mesmo com estoques finais um pouco maiores, o USDA projeta embarques recordes de 78,11 milhões de toneladas, impulsionados por vendas relâmpago durante o período de shutdown, inclusive uma compra histórica do México de 1,5 milhão de toneladas. As reduções de demanda da União Europeia e da China, porém, acendem um alerta. Com isso, Chicago terminou a semana com leve alta acumulada de 0,70%, mesmo após a queda expressiva do dia.